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Minimize a resistência e maximize a eficiência
Quer estejamos falando de atletas profissionais ou de faixa etária, o tempo limitado para treinamento de natação é muito importante. Por isso, é crucial escolher as áreas certas para trabalhar, para que você tenha o maior retorno possível.
Numa prova, além do tempo que você leva para cumprir a etapa da natação, o fator chave é a quantidade de energia que você gasta na água. Nas distâncias de triathlon mais populares, a perna de natação cobre apenas 10% de todo o tempo da prova, mas pode consumir uma quantidade desproporcional de energia se você está com uma técnica inadequada.
De modo geral, a proficiência técnica em natação pode ser dividida em duas categorias: (1) minimizando a resistência e (2) maximizando a eficiência da fonte de energia. Na primeira categoria, os aspectos mais importantes incluem a posição da cabeça e o movimento das pernas. Na segunda categoria, eles incluem frequência de braçada, posição de antebraço vertical precoce e a fase final de pressão debaixo d’água.
Note que colocamos o movimento das pernas na categoria de “minimizar resistência”. Você sabia que os melhores nadadores de nado livre do mundo em 1500m (prova cujo esforço dura perto de 15 minutos) geram apenas 10 a 15% de sua força a partir de suas pernas? Com as roupas de triathlon, a eficiência do movimento da perna diminui significativamente, resultando em tempos de acabamento que geralmente são várias vezes mais longos. Em outras palavras, suas pernas não devem atrapalhar e devem usar o mínimo de energia possível.
Repetição
Melhorar a técnica sempre leva tempo. Estudos mostram que a mudança de um elemento técnico leva pelo menos de 6 a 7 meses, e a estabilização de uma técnica recém ensinada em diferentes condições leva até 12 meses. Portanto, muitos focos simultâneos podem fazer com que todos os elementos permaneçam fracos. Em outras palavras, muita variedade no treinamento reduz sua eficácia.
Para induzir a adaptação pós-treino desejada, é necessário usar um estímulo repetitivo de intensidade e duração específicas. Isso carrega o sistema neuromuscular por tempo suficiente para induzir a adaptação desejada.
Técnica X Mecânica
É importante distinguir os erros técnicos dos problemas relacionados à mecânica do movimento. Mesmo com toda a prática e visualização, muitos elementos técnicos simplesmente não podem ser realizados por alguns atletas devido a limitações mecânicas.
Um bom exemplo é a posição vertical anterior do antebraço sob a água, amplamente conhecida como “alta cotovelada”. Quando você não tem a mobilidade adequada da cintura escapular e os padrões de movimento que permitem a rotação na articulação do ombro, você simplesmente não consegue realizar a elevação do cotovelo. Não importa quantos exercícios técnicos você integre em seu treinamento específico, pois, nesse caso, vale mais um trabalho diário de mobilidade que a repetição de técnicas na piscina.