Especial Cruce 2016 – Dicas para Trail Running #3
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07/03/2016Cansaço crônico, lesões, redução de performance, overtraining e erros com níveis de gordura são apenas alguns sinais e sintomas que não deveriam ser tão corriqueiros num mundo onde a preocupação com o bem-estar e a saúde é tão grande. Mas a realidade é outra, e quanto mais cresce o esporte amador, mais se percebe o exagero e erro por parte de muitos atletas.
Aqui vão apenas 4 fatores comuns que podem te levar para longe do seu melhor nos treinos e provas, acabando com a sua capacidade física e saúde emocional.
#1 Ignorar a fadiga
Como todos sabem, os músculos fadigam durante os treinos. A fadiga leve ou moderada nos ajuda a alcançar um estado saudável – aquilo que é chamado de “overreaching”, o que significa que estamos nos adaptando e ficando mais fortes sem muitos danos. Mas exagerar no volume e intensidade dos treinamentos pode te levar rapidamente à fadiga em excesso, resultando em fraqueza muscular, dor, lesões ligamentares, fascites etc. Por isso, o famoso “No pain, no gain” deve ser tomado como uma meia verdade, que deve estar sempre acompanhada de bom-senso e preocupação constante com os limites.
Preste atenção aos sinais do seu corpo. Cansaço demais é sinal de que você está precisando de descanso. Por isso, tire da cabeça aquelas paranóias quanto ao treinamento e performance. Às vezes, adaptar sua planilha ou mesmo perder alguns treinos pode ser a solução para que o seu treinamento prossiga sem problemas. E, acima de tudo, converse com o seu técnico sobre qualquer sensação que saia da normalidade.
#2 Junk food
Dividindo em grupos enormes, poderíamos dizer que existem dois tipos de comida atualmente: comida saudável e junk food. Comida saudável é comida de verdade, incluindo frutas, legumes frescos, verduras, sementes e carnes, queijos e ovos minimamente processados. Junk food é uma comida processada, com alto teor de refinados de carboidratos, açúcares, farinhas e sódio. Entram na mesma classificação vários alimentos com rótulos saudáveis, mas que não passam de um disfarce de venda do mesmo lixo industrial de sempre. De modo geral, a junk food prejudica a energia e retarda a recuperação, ao passo que os alimentos saudáveis fornecem mais benefícios nutricionais e te ajudam com a resistência, recuperação e os níveis de gordura.
Por isso, principalmente em períodos de treinamento, é importante manter a preocupação com o que se come, bem como com os horários e quantidades. Do mesmo modo, fazer um longo de ciclismo, achar que está livre e devorar aquele pacote de guloseimas industriais é o mesmo que jogar todo o seu esforço no lixo.
Converse com uma nutricionista. Uma dieta equilibrada é o que manterá seu corpo saudável e eficiente. E a substituição e regulação da sua alimentação pode ser mais fácil do que você imagina; basta apenas pular algumas prateleiras no mercado e pronto!
#3 Para ir rápido, você não precisa ir sempre rápido
Treinos leves, de rodagem ou regenerativos são tão importantes quanto os mais intensos e velozes. Eles são a oportunidade para o aprimoramento da técnica e o aprendizado quanto aos ritmos e cadências. Portanto, procure deixar de lado aquela “vontade” de ir mais forte ou acompanhar outras pessoas e foque no que está prescrito no seu programa de treinos.
#4 Espelhe-se, mas não muito
Nas redes sociais, não faltam atletas amadores e profissionais que compartilham treinos, estatísticas, dietas, dicas etc. Ao ler uma dessas postagens, é praticamente impossível não estabelecer comparações, o que tende a se transformar em dúvidas e insegurança.
Tenha sempre em mente: você tem a SUA planilha, cujos treinos devem obedecer aos SEUS ritmos e distâncias. Do mesmo modo, dietas, peso e níveis de gordura são aspectos estritamente pessoais, que devem ser tratados com seriedade e acompanhamento profissional. Não é porque tal atleta corre com X de gordura que você também deva fazê-lo.
Em suma, se você treina duro, então não jogue tudo fora.