5 maneiras de prevenir lesões de corrida
10/10/2018Planeje o seu início de temporada
10/01/2019Nosso treinador Maurício Letzow aponta alguns dos erros mais comuns que ele vê os triatletas cometerem e propõe algumas maneiras de corrigi-los adequadamente. Confira:
1. Dificuldade em manter-se num pace adequado
Quase todos os triatletas iniciam as etapas da bike ou da corrida com muita intensidade, e depois sentem uma “quebra” a medida que a prova progride.
Correção: O ideal é que todos desenvolvam a capacidade de terminar uma prova com split negativo ou num pace constante. Em outras palavras, terminar pedalando ou correndo mais forte ou semelhante ao que iniciaram. Isso só se alcança com os treinos. É por isso que priorizamos cada vez mais os intervalos progressivos e os exercícios de controle gradual, onde se chega mais forte do que se iniciou a série. Além disso, a paciência é a chave para que essa capacidade seja colocada em prática no dia da prova. Procure não se afobar no início das etapas, mantenha o foco no seu plano de prova e esqueça o que está acontecendo ao seu redor.
2. Muitos dias duros
Sempre exagerar na dose e ir mais rápido do que o prescrito na planilha. Esse é outro erro cometido por vários triatletas, fazendo com que eles estejam sempre cansados e levando ao mau desempenho e pouca evolução nas modalidades.
Correção: Todo atleta deve estar pronto para ir realmente forte num treino com intensidade. É para isso que organizamos a semana de treinos propondo diferentes ritmos e intensidades, de acordo com cada dia. Treinos duros devem ser duros, e os soltos devem ser soltos. É assim que a qualidade global dos treinos melhora e a evolução nas modalidades ocorre.
3. Não priorizar uma boa base
Muitos atletas tendem a iniciar as temporadas muito afoitos, indo com muita intensidade para alcançar logo a condição em que estavam na temporada passada.
Correção: Os períodos “off”, que ocorrem após uma grande competição ou no final do ano, por exemplo, são importantes para repor as energias e a motivação. No entanto, para voltar a treinar com qualidade e segurança, a melhor maneira é deixar a ansiedade de lado e não procurar alcançar o condicionamento de semanas ou meses atrás, da noite para o dia.
Mantenha a calma, progrida com segurança e comece aos poucos com os exercícios de força e velocidade. Assim você evitará lesões e, quando menos esperar, estará nadando, correndo e pedalando tão rápido quanto antes.
4. Definir metas muito elevadas
Ao longo desses mais de 20 anos como técnico de triathlon, já vi muitos triatletas estabelecerem metas inalcançáveis para aquele momento, ou até mesmo para todas as condições possíveis. De fato, se o objetivo está muito além do alcance, não haverá motivação possível para manter o foco nessa meta.
Correção: Grandes metas diferem totalmente de metas impossíveis. Por isso, ter o pé no chão e saber subir um degrau de cada vez é o melhor caminho para manter a motivação sempre constante. Converse com o seu técnico sobre os seus objetivos e estabeleçam juntos os caminhos para alcança-los.
5. Quilômetros e mais quilômetros
Principalmente quando se trata de provas longas, muitos triatletas acabam exagerando a dose das distâncias, sempre colocando aqueles “quilômetros a mais” nos treinos.
Correção: A insegurança leva muitos a cometerem erros que serão pagos tempos depois. Já vi muitos atletas extrapolarem o necessário e sentirem as consequências mais tarde. Lesões, desânimo e cansaço extremo são apenas alguns dos problemas que podem ocorrer com esse tipo de prática.
Tenha em mente que um ciclo de treinamento envolve uma série de aptidões a serem trabalhadas em conjunto. E mesmo para provas longas, como um IRONMAN, os treinos irão explorar não só grandes distâncias, mas também força, velocidade, recuperação e outros fatores que necessitam de treinos mais curtos.