Ironman Florianópolis 2015
02/06/2015Entrevista IM FLorianópolis 2015 – Meninas Webtreino
03/06/2015Já imaginou não saber nadar e mesmo assim se inscrever para o Ironman Floripa?
Nossa série de matérias sobre o Ironman Florianópolis 2015 continua com a entrevista de Alexandre Constantino, que nos conta um pouco sobre essa “loucura” que se tornou realidade no último domingo, 31 de maio. Vale a pena conferir:
1) Como o Triathlon entrou na sua vida?
Entrou em 2014, quando fui ver o IRONMAN em Floripa – um amigo fez a prova (Erico). Fiquei pensando se um dia seria capaz de encarar tamanho desafio. Ao ver ele concluindo a prova decidi que iria começar.
2) Por que decidiu encarar o Ironman?
Um pouco difícil de explicar (rsrs). Foi tudo muito rápido, tinha acabado de ver a prova e em seguida já abriu a inscrição, resolvi tentar só para ver no que dava, e em segundos tava inscrito. Fiquei meio perdido, mas decidi encarar o desafio.
3) Como foi sua rotina de treinos?
O único esporte que praticava com um pouco de frequência era ciclismo (Mountain Bike), corrida praticava às vezes. Já a natação, bom nunca tinha visto uma piscina na vida. O início foi dureza, até encaixar a rotina de treinos foram pelo menos 3 meses. As primeiras transições terminava andando. A partir de janeiro (as famosas 20 semanas) foi treino de segunda a segunda, sempre buscando melhorar o treino anterior.
4) Que ajustes foi preciso fazer para que os treinos encaixassem em sua vida profissional e familiar?
A vida profissional tentei não mexer, mas mesmo assim em várias ocasiões tive que fazer horários alternativos para poder conciliar. A familiar foi bem complicada no início, abri mão de aniversários, churrascos, jogos do coxa (rsrs), bebedeiras, etc. Mas tudo superado e com apoio para treinar a qualquer dia e horário.
5) Que modalidade teve mais dificuldades em treinar? Por quê?
Natação. Porque tive que começar do zero e superar o medo do mar. Minha primeira travessia foi em novembro, foi o divisor de águas pra continuar treinando. No meio dela quase abandonei tudo, nadei “cachorrinho” quase que toda travessia no desespero que ia afundar, devo ter chegado uns 15 minutos depois do último. (rsrs).
6) Como foi a prova em Florianópolis?
Maravilhosa! Tenho muita sorte em ter uma família que apoia e amigos que sempre botaram fé, muitos felizmente puderam acompanhar. Me diverti demais, achei que vacilei em alguns momentos na água, mas consegui encaixar o pedal dentro do que havia planejado, a corrida foi muito dura no começo, aquelas subidas no início são cruéis, não sabia o ritmo que devia manter, mas consegui me divertir até o KM 34, depois só desespero, ansia de vômito, dores, sensação de desmaio, medo de não terminar a prova, comecei a lembrar de tudo que passei para estar ali, concentrei e fui para o “sprint” final.
7) Como foi a sua emoção ao cruzar a linha de chegada?
Sendo bem sincero, ainda não caiu a ficha. Fico revendo as fotos e lembrando da prova a todo momento, sem palavras. Tempo todo controlando o choro, até que chega uma hora que não tem jeito. Muito bom se sentir realizado, saber que tudo que você fez , tudo que você passou, valeu a pena.
8) Qual a importância do seu treinador e da Webtreino na sua conquista?
Foram fundamentais. O Perdão sempre muito acessível, um cara fora de série. Me senti muito bem na prova e devo isso a ele e a Webtreino.
9) Que conselho você daria para quem está pensando em completar um Ironman?
Vá atrás de seu objetivo, não importa o que isso vai custar.