A temperatura vai caindo, os dias vão ficando cada vez mais curtos e, com isso, as dificuldades para treinar ficam cada vez maiores.

É chegada a hora de pensar em como vamos estruturar nosso treinamento no inverno. Para isso, algumas práticas básicas podem ser a chave para manter a motivação e a constância nos próximos meses.

1 Cuidado com o escuro

Para muitos atletas amadores, os treinos antes ou após o expediente de trabalho são primordiais para a regularidade do ciclo de treinamento. No inverno, essas sessões ficam ainda mais difíceis por conta dos dias mais curtos. Para alguns, os treinos de ciclismo na estrada só se encaixarão na programação diária se iniciados pouco antes do amanhecer, quando a luminosidade é baixa e a visibilidade pode ficar bem comprometida. Nesses casos, é praticamente obrigatório investir em bons equipamentos de iluminação e sinalização para a bicicleta. Faróis dianteiros com boa potência e sinalizadores de segurança são itens indispensáveis nesses casos, ajudando na segurança com os motoristas e a visão do terreno à sua frente.

Correr também é mais perigoso nessas situações, exigindo que você faça suas sessões em locais onde esteja bem familiarizado. Terrenos com regiões acidentadas, mesmo que pequenas, podem te levar a grandes problemas, originando traumas e lesões que você jamais teria se “soubesse onde está pisando”.

2 Pode até cair canivete!

O inverno traz algumas das condições mais duras para quem pratica esportes ao ar livre. Nos dias mais típicos, se o sol aparecer será apenas na hora em que poucos poderão treinar. Nas outras horas, o ar frio, a garoa ou a chuva darão a tônica das condições externas. Nesses casos, ter um bom equipamento para os treinos indoor ou spinning e esteira em academias são uma boa pedida. Assim, não importa o quão difícil está a condição lá fora, você sempre poderá contornar a situação de alguma maneira.

Está certo, treinos longos no rolo de ciclismo ou na esteira podem ser um martírio para a maioria dos atletas. Se isso é simplesmente impossível para você, uma breve conversa com seu técnico para um ajuste da programação pode ser o caminho. Assim, você pode inverter o dia do seu longo e cumprir algo “suportável” em cima da máquina.

Para aqueles que suportam horas de treinos indoor, música, filmes e vídeos são um grande recurso para passar o tempo mais rápido. Hoje em dia, existem até alguns sites (como o The Suffer Fest) com vídeos criados especialmente para essas situações, mostrando cenas reais de triathlon e ciclismo que te ajudam a fugir da sensação de ser um “rato de laboratório”.

3 Não congele

Sair com aquele ar gelado no rosto ou sentir as mãos travadas e os pés congelados enquanto pedala, essas são algumas das sensações que você pode passar nos dias mais frios e não estiver preparado(a). Nesses casos, investir em bons vestuários é a melhor opção.

No caso do ciclismo, gorro, testeira, capa-de-chuva, corta-vento, luvas, botinhas e calças de inverno são alguns recursos para quem não quer pedalar “batendo os dentes”. No caso de um treino longo onde a previsão é sair bem cedo (e no frio) e chegar em casa com aquele sol de inverno, uma boa opção é se agasalhar apenas o suficiente e proteger o tórax com jornal ou algo parecido. Assim, quando a temperatura pedir menos roupas, você poderá simplesmente jogar o jornal (nunca na estrada, é óbvio!) e seguir o treinamento sem carregar as roupas penduradas ou passar calor.

Para a corrida, boas meias, calça de lycra, luvas, gorro ou bandana e capa-de-chuva te dão a possibilidade de sair em qualquer situação, restando apenas o mais difícil, que é resistir à tentação de abandonar o conforto de casa para treinar.

De fato, para não treinar no inverno, a maioria do que se diz são apenas desculpas!

Bons treinos a todos.